Triste eu, triste tu

Sempre me vi triste quando alguém mudava a sua atenção para outro qualquer. Sei que a princípio toda a declaração pode parecer invejosa, talvez ciumenta seja a palavra, mas a tristeza que se abate em mim não se desfaz em lágrimas porque a concentração da atenção também se desfez - ou assim espero - tal acontece principalmente porque me custa ver alguém que eu pensei ser realmente, ou finalmente, um amigo para a vida e, assim que a oportunidade aparece, a fuga dá-se rapidamente.

Já fiz aqui outras reclamações, indagações, como esta. Talvez menos directas, ou talvez mais... Sei que uma, pelo menos uma, devido à acidez e crueldade que se adivinhava nas palavras, chegou a ser apagada. Não queria que a notícia fosse dada assim, e nem quero. Mas vejo que tal não acontece só comigo, e por isso, graças à lógica de esquina, devo estar correcto.

Faço-te então um apelo directo, sim, a ti que me lês: não voltes as costas a quem te deu outrora a frente. Sei que já te é habitual e provavelmente não o fazes por mal, mas é sempre difícil perder alguém apenas porque já não somos o melhor que se pode ter. Entristece-me, como sempre, que enquanto era necessário correste em minha direcção, e agora nem como recurso já sirvo.