Um pensamento de esperança, um carinho avassalador

O atrevimento de reviver o passado nem sempre é doloroso e infame. Pode ser até agradável e aprazível, até porque com o passar o tempo as más memórias vão sendo apagadas e fica apenas um rasto de perfume a flutuar no ar que nos faz lembrar a nossa casa, o nosso canto, o que é nosso!
E ver todas aquelas pessoas, mesmo as desconhecidas, faz-me um bem desmesurado. De certa forma, e não sei explicar porquê, tudo aquilo me enaltece o ego e enche de orgulho..., ter passado por lá, vivido lá, convivido lá, formado amizades de grande conforto (e hoje até arranjei uma namorada por segundos!). É bom regressar e ver que, apesar de todas as mudanças evidentes, tudo permanece intacto como há anos e anos atrás. Os mesmos cheiros do passado conservados como se o tempo tivesse parado e congelado cada segundo passado num lugar tantas vezes mal tratado por palavras ingratas, mas que no fundo éramos incapazes de sermos o que somos hoje sem tudo isso.
Por isso, para que não pareça um ingrato face a tão boa índole, deixo aqui o meu reconhecimento grato a todos os que falei hoje. E aos que não falei deixo aqui um abraço de saudade e um voto sentido de esperança de os voltar a encontrar, quem sabe, numa sala de aula.