Semblante de Amor

Num sussurro vespertino de amor inédito ouvi as palavras, que saiam da tua boca com uma doçura cândida, viajarem por paragens de irreverência comovente. Vi que elas construíam templos de conforto no seio maternal de um jovem imortal. Os sons que rodeavam cada uma delas lembravam-me lembranças que me recordavam o bom que era ter alguém que gostasse de mim

outra vez...

Essas palavras que de mãos dadas cantarolavam um canção com os nossos nomes faziam-te corar, como nos tempos de outrora em que a nossa idade não passava de uma mão. Um momento belo, digno de memorizar nas correntes que nos levam a um caminho difícil de percorrer

quando não estou contigo...

E a vontade mefistofélica de quem não nos queria ver (juntos) lembrava-me aquele homem sardónico que me perseguia nos sonhos de criança. Aquele que cortava todo o sentimento com um sorriso rasgado num terrível sentido de humor.

Por ti o meu amor era forte... Por ti o meu amor era tudo!