Há Sempre Uma Saída

Nem que por vezes se torne mais difícil. Apenas porque sabemos que alguém, em algum sítio, se irá desfazer em lágrimas quando a notícia aparecer. Mas é sempre mais fácil. Uma saída egoísta, mas triunfal (se considerarmos a segunda uma derivação apenas possível caso a primeira se manifeste). Aqui sou capaz de admiti-lo: já pensei em fazê-lo. Numa tive coragem sequer de começar o rítual – sou demasiado cobarde (tenho sempre medo de não usar as palavras correctamente) para tal façanha destemida (?) executar – quanto mais admitir que o pensamento já cruzou com o restante mar de seus irmãos.

Rodo a cabeça e vejo-a a rodar separada do corpo. Lá vai ela. Não a agarro. Isso implicaria ter braços. Apenas os ricos os têm. Os meus não passam de cotos indistintos de quem se levantou tarde demais e perdeu a grande distribuição. Agora, a cada uma que passa os cotos deixam também passar tudo, e não agarram as oportunidades. Sinto-me triste, revoltado, perdido, tudo no mesmo instante. E a única saída é… Nem que seja a última…!

 

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