Desabe Emocional e as Desventuras do Amor

03:09

São duas e quarenta e sete da manhã. O sono cerca-me terrivelmente e o olhos querem descansar. Mas é quando os cerro que tudo volta. E o sono vai... Tudo porque hoje levei uma daquelas cotoveladas enormes. Daquelas que nos deixam sem ar, o coração a bater. Rápido. Veio a notícia, ao contrario ficou no ar, pois durou sem se desvanecer... Não vi qualquer saída. Não vi qualquer saída... Estava preso num lugar onde queria estar, mas já não mais.
Toda a esperança que acumulei nos últimos dias, ao contrário da péssima nova, esvoaçou como quem não sabe o que quer. Tudo o que era perfeito para mim foi também tudo o que tentei afastar, por medo da vida inerte e sem qualquer procura incessante que nos faz andar. Estava errado. Quem dera a todo homem poder finalizar qualquer procura em tão imberbe juventude.
Chove. Todas as lágrimas que eu não tenho coragem de verter. Estão retidas em pânico, as ideias, e os conselhos que dou não são os que sigo. Os que sigo não são os que devia escolher. Só que as escolhas tem-nas o destino. Eu apenas espero que ele, ao menos, goste de mim.
Os olhos fecharam-se sem se revoltarem pela primeira vez. Está na hora. São três e cinco da manhã.

O meu único consolo é pensar que tudo é mentira. Ou assim espero.
César Gouveia

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