É inveja. É inveja.

02:27

Eu podia martirizar-me. Deixar o amor próprio de lado e procurar, por detrás de uma cortina de fumo virtual, a feliz vida de quem me lança ao chão. Posso agora dizer que descobri a verdade: é inveja isto que me aperta. A inveja de não ter uma vida mas fingir que aproveito a que cá está. Podia percorrer ligações que me deixam a olhar de baixo para cima - o sentido auto-destrutivo sempre me acariciou - e revoltar-me com culpas que não são de quem eu gostaria que fossem.

Podia, era mais fácil, mas não o quero fazer. Viver através das migalhas de quem já não nos quer não é viver, é deixar-se morrer. Depois desta frase tenho a certeza do meu futuro: dedicar-me-ei à leitura de livros de auto-ajuda. E a vida fica para quem a pode ter.

A consciência dos meu demónios,
com perdão pelo oxímoro.

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1 palavra(s)
mordaz(es)

  1. Aproveito a leitura de mais um texto teu para te avisar que as férias levaram-me ao encontro das estórias. O que significa um novo blogue, sob um nome novo. Não sei bem se é um pseudónimo. Espero não ser traída pela falta de ideias.

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