Acrónimo

20:44

Passo por rios de vontade, saudade, que choram por te sentir longe. A distância física custa, rouba-te de mim, leva-te, desapareces – quem me dera que apenas assim fosse. Temos um buraco entre nós, rodeia-nos e não nos deixa fugir, que nos aparta. Rogo para que um dia acabe, cesse a sua existência, nos possamos juntar, dar as mãos, olhar para ti e sincero dizer, quem me dera, o que todos esperam que diga. Instinto, falta-me algum, talvez por isso viva circundado por tamanha lucidez, ou timidez não reconhecida? Cansado, tão cansado, assumem tudo, quem não o deveria fazer fá-lo de bom grado, triste, tão triste por não poder dizer que me sinto bem acompanhado. Ia dizendo – dizendo o quê? – sinto-te longe, por vezes perto, mas quase sempre longe. Ah, quem me dera que, fulminantemente, eu e o buraco deixássemos de existir, ficarias apenas tu, sozinha, para sempre, feliz.

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1 palavra(s)
mordaz(es)

  1. Identifico-me com o modo da tua escrita,gosto do que escreves... É bem... Não só os meus parabens pelo teu blog, mas também pelos teus textos... Saudações

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